A morte de D. Sebastião e a sucessão ao trono
Pintura atribuída a Cristóvão de Morais.
Museu Nacional de Arte Antiga
a retirada e perdeu o apoio dos canhões das naus portuguesas.
Os comandantes militares mais experientes chegaram a pensar
na prisão de D. Sebastião, tão desacertado era o seu comando.
Data e autor desconhecidos
RESUMO:
A morte de D. Sebastião e o problema da sucessão
D. Sebastião morreu em combate com os mouros, sucedendo-lhe no trono seu tio-avô, D. Henrique, que morreu passado pouco tempo, sem deixar filhos.
1578 – O exército português foi derrotado nem Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu.
1580 – Morte de D. Henrique.
Os pretendentes ao trono eram:
D. António, prior do Crato, apoiado pelo povo;
D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado pela nobreza e burguesia.
A nobreza pretendia obter cargos importantes nas áreas dominadas pelos espanhóis. A burguesia pretendia comerciar livremente nessas terras. Os dois grupos tinham esperança do rei espanhol resolver as dificuldades económicas do país.
1580 – D. António fez-se aclamar rei em Lisboa, Setúbal, Santarém e noutras cidades. Como resposta, em finais desse ano, um poderoso exercito de D. Filipe II invadiu Portugal e derrotou facilmente as forças de D. António, prior do Crato, que fugiu para França.
1581 – As Cortes de Tomar aclamaram, como rei de Portugal, D. Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal.
Domínio Filipino
D. Filipe subiu ao trono português, mantendo a União das Duas Coroas. Comprometeu-se a respeitar os interesses do Reino, os seus usos e costumes. Este compromisso foi cumprido nos dois reinados seguintes (D. Filipe I e D. Filipe II). O país melhorou a sua situação económica.
No reinado de D. Filipe III, por volta de 1620, a Espanha envolve-se em guerras com Inglaterra, França e Holanda. Estas conduziram ao aumento dos impostos e ao recrutamento de militares portugueses para combater nos exércitos espanhóis. As colónias portuguesas no Oriente, em África e no Brasil foram atacadas pelos inimigos de Espanha.
Motins populares – O povo começou por se revoltar contra a carestia de vida. Ex: “Revolta do Manuelinho” em Évora.Revolta de 1640 – Conspirações da nobreza para derrubar os representantes de D. Filipe III. Assim, foi restaurada, ou seja, recuperada a independência de Portugal, sendo o Duque de Bragança proclamado rei, com o título de D. João IV.
D. João IV organizou o reconhecimento da Restauração da independência, enviando embaixadores aos principais países estrangeiros, e preparou a defesa do país: Formou um exército;
Comprou e fabricou armas;
Construiu fortalezas.
Guerra da Restauração – Em 1644 iniciaram-se confrontos entre os exércitos portugueses e espanhóis. Só em 1668 foi assinado o Tratado de Paz e reconhecida a independência de Portugal, por Espanha.
A UNIÃO IBÉRICA
Nas cortes de Tomar, Filipe I assumiu alguns compromissos com os portugueses. Manteríamos a nossa língua e moeda, não seriam nomeados espanhóis para cargos de governação ou dadas terras portuguesas a nobres de Espanha.
O rei cumpriu o prometido e graças ao comércio da América, principalmente açúcar e prata, a situação económica melhorou em Portugal.
Sofonisba Anguissola
Museu do Prado - Madrid
Neste período, a Espanha envolveu-se em guerra com diversos países europeus, enfrentando sérios ataques ao seu domínio no oceano Atlântico e ao monopólio do comércio da América. A situação piorou nos reinados de Filipe II e III.
• Os territórios portugueses eram atacados, principalmente o Brasil.
• Foram lançados novos impostos, para manter a guerra.
• Os jovens portugueses iam para a guerra, em nome dos interesses de Espanha.
• Face à crescente insatisfação, Filipe III nomeou governadores espanhóis para o nosso território.