VASCO DA GAMA
VASCO DA GAMA
(1468-1524)
Filho de Estevão da Gama, nascido em Sines, bom navegador, D. João II encarregou-o de várias missões de responsabilidade. D. Manuel escolheu-o para capitanear a armada que iria tentar chegar à Índia. A expedição constava das naus S. Gabriel, S. Rafael e a caravela Bérrio e um navio velho com mantimentos e destinado a ser queimado depois de vazio. Partindo em Julho, no mês de Novembro chegaram à baía de Santa Helena onde o capitão tomou altura do Sol e dobrou o Cabo da Boa Esperança em 18 do mesmo mês. Em Março do ano seguinte atingiram Moçambique cujo sultão acolheu bem os portugueses tomando-os por turcos. Quando descobriu que eram cristãos o bom acolhimento transformou-se em perseguição. Em Melinde tiveram bom acolhimento de parte do sultão local que lhes cedeu um piloto que os guiou até Calecute. Aqui o sultão influenciado pelos mercadores muçulmanos não pactua e até chega a mandar prender Vasco da Gama e seus acompanhantes. Daqui partiu para a ilha de Angediva, onde reparou as naus para a viagem de regresso. A nau S. Rafael, incapaz de navegar, teve de ser queimada e Paulo da Gama (irmão de Vasco da Gama e seu comandante), muito doente, acabou por morrer na Ilha Terceira. A sua viagem veio confirmar a possibilidade de viajar por mar até à Índia. Em 1502 Vasco da Gama, já como almirante, voltou à Índia para pedir explicações ao samurai da chacina dos homens da armada de Pedro Álvares Cabral. Regressa à Índia em 1524, conde da Vidigueira e vice-rei daquele território, levando amplos poderes para acabar com os excessos dos fidalgos ali cometidos. Morre nesse ano na Índia mas os seus restos mortais foram transladados para Lisboa e jazem actualmente num túmulo magnífico no mosteiro dos Jerónimos.
(in "Dicionário de História de Portugal Ilustrado", edição do Círculo de Leitores)