D. Pedro IV - “O Liberalista"

1826 - 1828
D. Pedro IV - “O Liberalista" 
12 de Outubro de 1798 (Queluz) – 24 de Setembro de 1834 (Queluz)
Casou com D. Maria Leopoldina

Quando faleceu D. João VI, em Março de 1826, este príncipe ocupava o trono imperial do Brasil (pelo que não podia ser rei de Portugal, impediam-no tanto as leis portuguesas como as brasileiras, mas encontrou solução, abdicando em sua filha D. Maria da Glória. Considerou que era portuguesa por ter nascido antes da independência brasileira, sendo por tal motivo que não pôde abdicar no filho varão D. Pedro).
Determinou que seu irmão mais novo, D. Miguel, ficasse a governar na qualidade de regente do reino (casaria no momento oportuno com a nova rainha, sua sobrinha, então com sete anos de idade).
Logo a seguir, encarregou uma comissão de juristas, orientada por um inglês, de elaborar uma “Carta Constitucional” destinada a Portugal, tendo executado a tarefa em curtas semanas (saliente-se que, apesar da sua origem estrangeira, se considera a mais perfeita constituição portuguesa, a que mais tempo vigorou até ao momento, mais de oitenta anos).
Portugal ficou a ser governado durante algum tempo por sua irmã, D. Isabel Maria, que na devida ocasião entregou o governo ao príncipe D. Miguel.
Em Abril de 1831, tomou a decisão de abdicar o trono brasileiro em seu filho D. Pedro, e veio à Europa combater D. Miguel, já então aclamado rei absoluto de Portugal. Preparou um exército na Inglaterra, concentrou-o nos Açores, desembarcou ao norte do Porto (Praia da Memória) e deu início a uma guerra civil que durou de Julho de 1832 a Maio de 1834, terminando com a derrota de D. Miguel.
A mais importante decisão de D. Pedro, logo que findou a guerra, foi a injusta expulsão das ordens religiosas, em boa parte favoráveis a D. Miguel. Pouco tempo de vida teve, pois veio a falecer, vitimado pela tuberculose, nos fins de Setembro desse mesmo ano, no Palácio Real de Queluz.